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Crise na Habitação em Portugal: Haverá uma Resolução em 2026?

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A crise na habitação em Portugal continua a ser uma das maiores preocupações sociais da atualidade. Apesar de avanços pontuais na construção e de algumas medidas governamentais, os preços elevados de venda e arrendamento mantêm milhares de famílias e jovens afastados do acesso a uma habitação condigna. Com 2026 no horizonte, muitos perguntam: estará finalmente a caminho uma solução para este problema crónico?

Um panorama preocupante

As principais cidades portuguesas, como Lisboa, Porto e Faro, são os epicentros da crise. Os preços das casas subiram mais de 78% entre 2012 e 2021, um valor muito superior à média da União Europeia. Em 2024, os preços de venda aumentaram mais de 9% e, no início de 2025, Portugal liderou a Europa com um crescimento homólogo de 16,3% nos preços da habitação.

As rendas também acompanham esta escalada: em 2023, subiram 11%, com Lisboa a ultrapassar os 11€/m². Este cenário afeta especialmente a classe média, jovens e famílias monoparentais, que veem o acesso à habitação como uma realidade cada vez mais distante.

Oferta insuficiente apesar do crescimento

Apesar de um ligeiro aumento na construção de novos fogos em 2025, a oferta habitacional continua a ser escassa. Entre 2010 e 2015, o número de edifícios residenciais atingiu valores históricos baixos. Em 2025, os números melhoraram, com 10,2 mil licenciamentos e 6,7 mil casas concluídas, mas ainda insuficientes para acompanhar a procura.

Este desequilíbrio é agravado por fatores como a lentidão dos licenciamentos, a falta de mão de obra qualificada, os custos elevados de construção e a pressão de investidores estrangeiros, sobretudo no mercado premium e no alojamento local.

Causas estruturais profundas

Políticas como os vistos gold, os regimes para nómadas digitais e os incentivos a não residentes trouxeram capital para o país, mas retiraram oferta acessível à população residente. O acesso ao crédito também permanece limitado, apesar da descida das taxas de juro, devido aos requisitos bancários exigentes.

Respostas lentas e insuficientes

As medidas de resposta, tanto a nível nacional como europeu, têm sido insuficientes. Das 26 mil casas prometidas para habitação social até meados de 2025, apenas 2 mil foram efetivamente entregues. Uma nova meta foi definida para 2030: 33 mil casas. No entanto, é claro que, ao ritmo atual, o objetivo está longe de ser alcançado.

Por outro lado, a Comissão Europeia está a preparar um plano de habitação acessível para 2026, o que pode marcar um ponto de viragem. Espera-se que este plano promova reformas administrativas, incentivo à construção e regulação do mercado de arrendamento.

Caminhos para a solução

A comunidade técnica e empresarial aponta cinco prioridades para reverter a crise na habitação em Portugal:

  1. Acelerar os licenciamentos urbanísticos.
  2. Investir em construção pública e arrendamento acessível.
  3. Regular o alojamento local e a especulação internacional.
  4. Promover a reabilitação urbana com incentivos reais.
  5. Articular esforços entre Estado, autarquias e setor privado.

 

A crise na habitação em Portugal continua a ser um dos maiores desafios sociais e económicos do país. Sem uma estratégia ambiciosa, colaborativa e de execução rápida, os preços continuarão a subir e o acesso à habitação a deteriorar-se. O ano de 2026 poderá ser um ponto de viragem, mas apenas se acompanhado de mudanças concretas e estruturais.

Na Imosucesso, acompanhamos de perto estas tendências para apoiar os nossos clientes a tomar decisões conscientes e informadas, seja para habitação própria ou para investimento imobiliário de longo prazo.